
As decisões que sua liderança toma hoje podem custar o futuro da sua empresa
Por Constanza Hummel
Sócia-fundadora e CEO da Building 8
Aprendi nos últimos anos trabalhando com centenas de líderes — de diferentes segmentos, culturas e tamanhos de empresa — que tomar boas decisões não é um dom, mágica ou sorte. É uma competência. E pode (e deve) ser desenvolvida.
Na Building 8, temos nos dedicado a ajudar organizações a formarem líderes que saibam lidar com o presente e, ao mesmo tempo, tomar decisões que criem futuros melhores. E isso não acontece por acaso. Não mesmo!
Decidir exige mais do que coragem. Exige preparo.
Muita gente ainda associa tomada de decisão a coragem, instinto, “feeling”. E sim, isso tem seu papel. Mas isso não basta num mundo onde os problemas são mais complexos, as variáveis mais voláteis e as consequências mais caras.
Um estudo da McKinsey mostrou que líderes gastam em média 37% do tempo em decisões, e mais da metade desse tempo é considerado ineficaz. Em uma empresa típica da Fortune 500, isso pode representar mais de 530 mil dias de trabalho desperdiçados por ano — o equivalente a centenas de milhões de dólares em produtividade perdida. Isso sem contar as perdas invisíveis: oportunidades não aproveitadas, talentos desmotivados e confiança desgastada.
Você não precisa de uma crise para perceber isso. Basta olhar de perto para o custo acumulado das micro decisões malfeitas no dia a dia.
Capacitar para decidir melhor: o que estamos aprendendo com os líderes
Quando conduzimos iniciativas de desenvolvimento para melhorar a tomada de decisão, não entregamos fórmulas prontas. Entregamos consciência, provocação, repertório, ferramentas práticas e muito treino.
Repertório: Decidir bem é também saber fazer boas perguntas. É ampliar o olhar, acessar outros pontos de vista, conhecer o contexto e ter base para comparar cenários. Líderes com repertório pensam melhor, enxergam mais longe.
Técnica: Técnicas de priorização, análise de causa raiz, frameworks de decisão, heurísticas* e uso inteligente de dados — são suportes que ajudam a pensar melhor sob pressão. Não é sobre engessar, é sobre estruturar.
Metodologia: Trabalhar com métodos de tomada de decisão colaborativa ajuda os líderes a tomarem decisões com mais profundidade e menos viés.
Inteligência emocional: Esse talvez seja o ponto mais negligenciado. Um líder que decide sob estresse, em meio ao medo ou à vaidade, está mais propenso a errar. E o pior: a não aprender com o erro. Desenvolver inteligência emocional é fundamental para decidir com mais clareza e humanidade.
Decidir bem é ampliar o olhar
Em muitos programas que conduzimos, os líderes descobrem que tomar boas decisões não é só uma questão de coragem ou escuta. É saber olhar além. Além da própria área, além da própria experiência, além do que está óbvio e na mesa.
Decidir bem envolve ouvir pessoas, sim — mas também analisar dados, compreender o cliente, ler o mercado, interpretar tendências e projetar cenários futuros. É um exercício constante de ampliar repertório, desafiar certezas e conectar pontos antes invisíveis.
Líderes que desenvolvem essa capacidade não apenas tomam melhores decisões — eles criam melhores futuros.
E o que você e a sua empresa podem fazer agora?
Se você sente que sua organização precisa fortalecer essa musculatura decisória, talvez o próximo passo seja mais simples do que parece: conversar com a gente.
Na Building 8, desenhamos programas personalizados para sua realidade, com linguagem acessível, foco na prática e impacto real no dia a dia dos líderes.
Nada de conteúdo genérico. A gente fala do que importa: decisões que movem o ponteiro do negócio — e que evitam que ele pare.
E antes de terminar, vale retomar a pergunta que abre este texto: As decisões que sua liderança está tomando hoje... estão construindo o futuro que você quer ou minando valor sem que você perceba?
Se a dúvida te incomodou, ótimo. Talvez seja hora de fazer algo a respeito.
Estamos aqui para essa conversa!!!!
*Heurística é uma espécie de atalho mental que usamos para tomar decisões de forma rápida e, muitas vezes, intuitiva. Elas são estratégias simplificadas que o nosso cérebro desenvolve com base em experiências passadas, padrões ou associações. A palavra vem do grego heuriskein, que significa “descobrir” — é a mesma raiz da palavra Eureka!