Compliance ou catástrofe? O preço da negligência nas empresas
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Compliance ou catástrofe? O preço da negligência nas empresas

Imagine a cena: você está na final de um campeonato super importante e, do nada, um jogador do seu time resolve pegar a bola com as mãos dentro da sua área de defesa. O que acontece? Falta, penalidade, e possivelmente, a derrota.

Agora, traga esse cenário para dentro da sua empresa. Quando alguém age sem conhecer as regras – ou pior, fingindo que elas não existem – o resultado pode ser um verdadeiro desastre. Compliance é sobre isso: garantir que todo mundo jogue de acordo com as regras, evitando riscos desnecessários e protegendo a empresa.

Afinal, ninguém quer ver o nome da empresa estampado em manchetes por problemas que poderiam ser evitados, certo?

Compliance não é só uma questão legal – é uma vantagem competitiva

Pode parecer burocracia, mas acredite: empresas que levam compliance a sério saem na frente. Além de evitar multas e problemas jurídicos, um time bem treinado garante um ambiente mais seguro, íntegro e transparente para todos.

E os números não deixam dúvidas:

  • Empresas que descumprem normas podem levar multas de até 20% do faturamento anual! (Lei Anticorrupção, n° 12.846/2013)
     
  • Isso se torna ainda mais assustador quando consideramos a pesquisa "Diagnóstico das Fraudes no Brasil", realizada pela Grant Thornton, que revelou que 63% das empresas entrevistadas identificaram fraudes nos últimos 12 meses.
     
  • Casos de não conformidade já custaram bilhões de dólares a grandes empresas mundo afora. E se achou que isso não acontece aqui no Brasil, a pesquisa global sobre fraudes e crimes econômicos da PwC inclui empresas e o cenário brasileiro.

Ou seja, compliance não é apenas sobre evitar problemas – é sobre garantir que a empresa esteja preparada para crescer com segurança.

Se compliance é tão importante, por que ainda é negligenciado?

Na prática, muitas empresas falham em compliance não por má intenção, mas porque acreditam que "todo mundo já sabe o que pode e o que não pode". Só que não é bem assim.

Sem um treinamento adequado, os colaboradores podem agir sem perceber que estão cometendo deslizes. Um e-mail enviado sem o cuidado necessário, um brinde aceito sem avaliar o contexto, uma informação compartilhada com a pessoa errada – pequenos erros podem escalar rapidamente para grandes problemas.

A solução? Transformar o compliance em parte da cultura da empresa e garantir que o aprendizado seja acessível, prático e envolvente.

Como tornar compliance algo que o time realmente compreenda e pratique?

A boa notícia é que compliance não precisa (e nem deve!) ser um tema chato e repleto de juridiquês. O segredo está em formas de aprendizado que realmente engajem as pessoas.

Algumas abordagens que fazem diferença:

  • Cenários reais e dilemas práticos, que mostram como as decisões do dia a dia impactam a empresa.
  • Jogos e dinâmicas, para aprender sem esforço e de maneira interativa.
  • Storytelling e vídeos, que tornam o conteúdo mais envolvente e memorável.
  • Reconhecimento e engajamento, porque compliance também é um tema inspirador.

Cada empresa tem sua realidade e desafios específicos. O importante é encontrar um formato de treinamento que faça sentido para o seu time e que vá além do básico – transformando compliance em algo natural no dia a dia.

O próximo passo para um compliance eficiente

Se compliance ainda não é prioridade na sua empresa, este é o momento de repensar. Pequenas ações podem fazer uma grande diferença na construção de um ambiente ético e seguro.

Que tal começar trazendo esse assunto para o seu time? Conversar sobre dilemas reais, entender os desafios e buscar maneiras mais eficazes de aprendizado pode ser o primeiro passo para evitar riscos e fortalecer a cultura da empresa.

Publicado em 20/03/2025
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