Liderança remota: como gerir o time e as próprias demandas nesse novo formato?
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Liderança remota: como gerir o time e as próprias demandas nesse novo formato?

Diversas mudanças no formato do trabalho, antes vistas apenas como tendências distantes da realidade, se instalaram com a pandemia e, agora, estão aí presentes no nosso dia a dia, prometendo serem cada vez mais comuns e, ao mesmo tempo, estruturadas. 

Sem dúvida esse foi o caso do home office, que se tornou uma boa solução para o distanciamento social em diversos segmentos no período mais crítico da pandemia, em 2020, e hoje já se consolida como uma opção para a redução de gastos de transporte e infraestrutura física para as companhias e até mesmo como um benefício para os colaboradores. 

Mas passado todo esse tempo, será que já estamos preparados para lidar com esse novo formato de trabalho? Especialmente a liderança, responsável pela condução e desenvolvimento dos times, será que ela está engajada ao seu papel e à responsabilidade de ajudar seus colaboradores a trabalhar ou mesmo se desenvolver remotamente? Que iniciativas podem oferecer suporte às necessidades e também angústias dos gestores? 

Se você ainda tem essas dúvidas, continue a leitura deste artigo! 

A implantação do home office por conta da pandemia 
Empresas mais tecnológicas já faziam uso do home office como parte de seus negócios. Outras apostavam em formatos híbridos, mas a maioria atuava em formato 100% presencial para todos os seus colaboradores e nem sequer dispunham de equipamentos, acessos e políticas para o modelo remoto. 

A implantação do home office chegou de forma repentina e muitas empresas se viram obrigadas a ajustar seus sistemas da noite para o dia, para ainda assim manter a produtividade. 

Apesar das dificuldades iniciais, junto do trabalho remoto houve para os colaboradores um aumento na percepção de qualidade de vida, bem-estar e uma maior facilidade de alcançar o tão sonhado equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional.. 

Como o home office é visto atualmente 
Dois anos após a implantação forçada do home office, dados de pesquisa feita pela Faculdade de Administração da Universidade de São Paulo FEA-USP e pela FIA – Fundação Instituto de Administração, apontam que os brasileiros não querem mais retornar ao formato de trabalho 100% presencial. 81% dos entrevistados apontam ainda que sua produtividade é maior quando trabalham de casa. 

Não é uma surpresa. Quando perguntados sobre como preferem se manter mesmo após a pandemia, 78% dos trabalhadores dizem querer se manter atuando de forma remota. 

Esses altos números são reflexo do que se pode esperar para os próximos anos. Empresas que querem atrair profissionais qualificados precisarão abrir mão do formato totalmente presencial para terem ofertas de trabalho atrativas. 

A pesquisadora e professora da USP, Sylvia Hartmann, estima que o home office seguirá como uma tendência forte nos próximos anos e que ainda há espaço para crescer, pois hoje há 24% de postos de trabalho que poderiam atuar nesse formato, mas somente 11% atuando nesse modelo. 

Vantagens e desvantagens do trabalho remoto 
Nem tudo são flores, afinal. Mesmo com o home office ou o modelo híbrido ganhando cenário de forma exponencial, ainda há alertas e fatores que podem dificultar a adesão a esse formato. Confira as principais vantagens e desvantagens: 

Vantagens: 

  • Colaboradores mais motivados e produtivos. Como já mencionamos, o home office passou a ser visto como um benefício concedido pelas empresas. Com menos tempo gasto com interações pessoais, o tempo fica otimizado e as reuniões mais produtivas e diretas. Redução do estresse e aumento da qualidade de vida. Sem o tempo de deslocamento e trânsito os colaboradores ganham horas diárias para se dedicar à família ou praticar hobbies, aumentando o prazer, o equilíbrio e a qualidade de vida, resultando em mais disposição para as jornadas de trabalho. 
     
  • Economia. Com o home office é possível economizar com custos de locomoção, espaço físico e materiais utilizados no formato presencial. Mas alguns custos acabam sendo transferidos para o colaborador, por isso, é muito importante que as empresas revejam os benefícios oferecidos para cobrir as novas necessidades. 

Desvantagens: 

  • Dificuldade de manutenção da cultura organizacional. Sem o contato presencial, aspectos intangíveis como a cultura e os valores têm sua construção afetadas. Comunicação. A gestão de equipes e a comunicação com os colaboradores precisam passar por uma transição e contar com ferramentas que garantam o alinhamento e acompanhamento no dia a dia. Liderança. Com as responsabilidades que possui, naturalmente a liderança acabou sendo mais afetada pelas mudanças exigidas pelo novo formato. Sem preparo específico, apresentam dificuldades na gestão e no desenvolvimento de seus times. 

O papel da liderança nesse novo formato 
Na contramão dos benefícios percebidos pelos colaboradores, o trabalho remoto exige muito da liderança. Era de se esperar! Afinal, segundo levantamentos realizados pela Gallup e Harvard Business Review antes mesmo das mudanças provocadas pela pandemia, 70% do engajamento de um time é atribuído ao seu líder. 

Se engajar o time presencialmente era uma tarefa desafiadora, no home office, sem preparo e as ferramentas adequadas, isso pode ser impossível. 

É por isso que nessa nova modalidade, mais do que nunca, o líder precisa ser o porta-voz da cultura organizacional e agir como um facilitador do trabalho e do desenvolvimento do seu time. Isso significa que não dá mais para a liderança estar “presa” em ações de comando e controle. 

Programa: Liderança Remota Building 8 
Analisando o cenário e as principais expectativas e dores das empresas e líderes diante desse novo modelo de trabalho, identificamos a necessidade de estruturar uma jornada de desenvolvimento sobre o tema do trabalho remoto voltada exclusivamente para o líder. 

Consideramos ainda que, antes mesmo do gerenciamento e desenvolvimento do time, com a mudança no formato de trabalho, a liderança ainda possui dúvidas e dificuldades na gestão de suas próprias demandas. 

Por isso, o programa Liderança Remota da Building 8 trabalha primeiramente sobre o aspecto da gestão de si e, a partir disso, traz ferramentas para que o líder possa alcançar o seu potencial e, consequentemente, desenvolver o seu time – de forma muito mais fluida e já alinhada ao seu próprio jeito de liderar. 

Principais temas de desenvolvimento do programa 
O programa Liderança Remota conta com ações síncronas e assíncronas – ou seja, foi estruturado com workshops online ao vivo e pílulas de conteúdo para que os participantes possam despertar todo o seu potencial sobre temas como: 

  • Módulo #1: Liderança por propósito, com autonomia 
    Cenário remoto – o que realmente muda?; De comando e controle para propósito e autonomia; Gestão da complexidade; Planejamento e priorização de tarefas – o que é complicado, mas possui melhores práticas de execução e o que ainda é complexo; Gestão para entrega vs gestão por KPIs quantitativos; Criação de governança e reorganização da rotina.
     
  • Módulo #2: Liderando com coragem 
    Comunicação transparente; Vulnerabilidade; Conversas difíceis; Compartilhamento de aprendizagem na equipe. 
     
  • Módulo #3: Cultura e relações 
    Resgate à missão, visão e valores da companhia; A importância da conexão para as relações; Como manteremos a conexão, mesmo que a distância; Matriz de artefatos de conexão; Exercício de design de conexões. 

Quer saber mais sobre esse programa e como você pode transformar a liderança remota da sua empresa? Entre em contato e fale com um de nossos especialistas!

Publicado em 15/09/2022
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