O phygital veio para ficar? Tendências e empresas que já aderiram e estão alcançando grandes resultados
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O phygital veio para ficar? Tendências e empresas que já aderiram e estão alcançando grandes resultados

A pandemia nos atingiu de diversas formas e mudou hábitos, pensamentos e comportamentos. Uma dessas mudanças foi a relação entre as pessoas e a internet, que ficou muito mais necessária e acelerada. 

Os consumidores, que antes tinham receio de fazer cursos ou compras on-line, se depararam com a internet sendo o único meio para isso. Entretenimento e cultura também ficaram vetados do ambiente físico. Não foi à toa que o meio digital adentrou ainda mais no dia a dia das pessoas. 

A partir dessas e de outras tantas mudanças que aconteceram, um novo termo vem ganhando espaço e relevância em diversas frentes: o phygital. Você já ouviu ou leu essa palavra por aí, não é mesmo? Caso ainda não saiba, ela é originada da fusão entre outras duas palavras: physical (físico em inglês) com o digital. 

Prossiga a leitura e entenda melhor esse conceito e como ele pode ser uma excelente ferramenta para seus negócios. 

Origem do phygital 
Com o avanço tecnológico, sobretudo na década de 1990, quando muitos lares puderam finalmente contar com um computador, a internet se popularizou mudando a relação entre as pessoas e os consumidores com as marcas e as empresas. 

Depois foi a vez dos smartphones invadirem o mundo, fazendo com que diversos serviços e produtos estivessem disponíveis a apenas um clique de distância. 

A partir disso, ficou impossível separar o mundo digital da vida das pessoas, que tiveram seus hábitos de consumo totalmente modificados. Influenciadores de todos os estilos e segmentos surgiram com força e o marketing de vendas teve que se reinventar, pois os consumidores passaram a pesquisar on-line e contar com resenhas, vídeos e conteúdos disponíveis na internet antes de ir à loja física. O phygital nasce justamente desse cenário. 

Mas será que ele serve apenas para guiar as compras dos consumidores? A resposta a essa pergunta é um grande NÃO! A partir da vivência recente de algumas marcas e empresas que estão incorporando o conceito aos seus negócios, fica cada vez mais claro o seu potencial de oferecer soluções que expandem a experiência de compra e de interação entre marcas e clientes. 

Cases de sucesso do formato phygital 
Separamos alguns cases interessantes de empresas que já utilizam esse conceito em sua operação e vêm colhendo bons frutos, sem necessariamente precisar de grandes investimentos. Veja alguns exemplos: 

  • Grupo Big 
    Esse grande varejista de alimentos ampliou os seus negócios com o lançamento do e-commerce para algumas de suas lojas no modelo de logística Ship from Store – que prevê o uso do estoque da própria loja física para atender aos pedidos realizados on-line. Além de garantir maior velocidade à entrega, que é gratuita, esse modelo permite que a empresa também ofereça um serviço de delivery em parceria com foodtechs, como iFood, Rappi, Cornershop e Uber Eats. 
     
  • Lojas Amaro 
    Um dos destaques do mercado fashion nacional, as Lojas Amaro apostaram no phygital para atingir mais clientes. Nesse caso, a estratégia foi além do site e do app, mas sim onde seu negócio teve origem. Foram criados os Guide Shops, lojas físicas em que os consumidores podem, por exemplo, escanear as etiquetas com o aplicativo da marca e ver os reviews dos itens. A marca está ainda trabalhando em um projeto de “provadores inteligentes”. Neles, por meio de etiquetas inteligentes, o cliente poderá interagir por uma tela com os produtos que escolheu para provar e receber até mesmo recomendações de combinações e de outras peças para compor seus looks. 
     
  • Natura 
    A Natura também entende que o ponto físico precisa oferecer experiências mais atrativas e personalizadas, agregando valor para o consumidor. Assim, trouxe o phygital para sua loja-conceito por meio de ações, como a experiência virtual de Ekos, na qual o cliente é convidado a colocar óculos de realidade aumentada e conhecer as comunidades fornecedoras da Natura na Amazônia. 

Outro exemplo é o espelho virtual, que permite que os clientes experimentem vários visuais diferentes em poucos instantes e recebam ainda uma avaliação exclusiva de diagnóstico de sua pele, com a indicação da melhor solução de hidratação para uma compra mais assertiva. 

Tendência 
De acordo com uma pesquisa da McKinsey, os segmentos de educação, saúde, seguros, telecomunicações e utilidades gerariam uma maior satisfação em seus consumidores com a aplicação de experiências phygital. Em linha com esse levantamento, o Grupo Ânima Educação, por exemplo, também vê o potencial das experiências híbridas no setor educacional e, por conta disso, já tem investido na aplicação da realidade virtual em seus cursos de medicina. 

Phygital como estratégia na educação corporativa 
Em suma, dá para notar que o formato phygital veio para ficar. E se ele já está fazendo tanto sucesso e promovendo tantas transformações positivas no mercado de consumo e, mais recentemente, na educação formal, entendemos que o phygital também pode transformar as ações de desenvolvimento corporativo em experiências de aprendizagem cada vez mais envolventes, dinâmicas, atrativas e significativas. 

Entretanto, é aqui que destacamos um ponto fundamental para a efetividade das ações phygitais. Seja para a aplicação de ações de marketing, como as das empresas que citamos acima, seja para o desenvolvimento de soluções educacionais, é preciso buscar o conhecimento profundo sobre o público, suas reais necessidades, dificuldades e seus anseios. Só assim se torna possível a identificação de gaps e oportunidades para a construção de experiências diferenciadas e, acima de tudo, relevantes. 

Por fim, queremos deixar claro que, para uma ação phygital funcionar, mais importante do que a tecnologia utilizada é a mudança de mindset para a criação de verdadeiras experiências de valor para o consumidor e, no nosso caso, para o aprendiz. 

Agora, se você ainda se questiona sobre a necessidade de investir em projetos de educação corporativa que considerem o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem disruptivas e, consequentemente, com maior potencial de engajamento, lembre-se de que o primeiro consumidor de sua organização é o seu próprio colaborador! 

Quer saber mais sobre o formato phygital e como ele pode ser uma alavanca estratégica para a cultura de aprendizagem da sua empresa? Continue acompanhando nosso blog.

Publicado em 26/05/2022
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